Galafura

Este blog não consiste só em falar da Freguesia de Galafura, mas não podia deixar de referênciar a freguesia que amo muito e de onde sou natural. O nome do blog " Galafura" é por isso mesmo, pela naturalidade, pelos amigos, pelos sentimentos que me vão na alma, editarei aqui os meus pensamentos e sentimentos que nutro pela minha terra, pela minha família, pelos meus amigos, e pelo meu estado de espírito do meu dia-a-dia

segunda-feira, outubro 30, 2006

" Toca e Chora esta minha Viola"

Chora a minha viola.
Chora as mágoas da vida…
Chora que chora, toca que toca, intensamente sem desafinar,
Toca e chora a minha viola,
Oh! E como toca mesmo baixinho, quase ninguém a ouve.
Toca e chora…
Toca, chora o Si do silêncio, do meu silêncio e do silêncio que me rodeia,
Toca e chora…
Toca, chora o Sol da solidão que tantas e tantas vezes invade o meu ser,
Toca e chora…
Toca, chora o das lágrimas que me brotam dos olhos
Toca que toca, chora que chora esta minha viola.
E como vai tocando e chorando…
Vai chorando e tocando quase em silêncio o das dores que me atacam e atacam os que amo.
Vai tocando e chorando quase que muda o Mi das miragens que tantas vezes me enganam.
Chora, toca, vai tocando e vai chorando a minha viola…
Toca e chora o , repetidamente

quinta-feira, outubro 26, 2006

Lá fora a chuva cai com grande intensidade, dançando ao sabor vento. Oh e como sopra este vento, como me remete para aquele estado de nostalgia e saudade, como reaviva em mim tão doces memórias, que me vão fazendo sorrir e soltar uma lágrima de vez enquanto. Ainda metido na cama, lembro-me de um grande Amigo, sim, tem sido bom ter a sua companhia mesmo do outro lado da tela do PC ou do outro lado do ecrã do telemóvel, tem estado sempre presente, a fazer-me companhia. É bom chegar ao fim de um dia de trabalho e termos alguém pra falar, pra desabafar e se por vezes chorar e falamos, falamos muito, falamos da vida, falamos o que nos vai na alma. Oh, amigo meu que sempre me ouves, Que tão belas palavras transmites que sossegam meu peito. O que te Turba? Porquê essa dor? Sai desse mundo de sofrimento, Lá fora o vento sopra intenso, Não deixes que esse sopro te leve a alegria, Que esse sopro reponha em Ti o sorriso. Olha em frente, Caminha ao encontro do que sonhas, Desistir? Desistir nunca. Que outras palavras poderei eu dizer a um amigo que me tem feito ver o mundo de maneira de diferente, que me tem mostrado um caminho mais fácil de percorrer, que me tem dito palavras de apoio, que tem estado presente, que poderei eu dizer?
Estou aqui, pra te ouvir.
Obrigado

sexta-feira, outubro 20, 2006

" Um Momento"

Depois de quase mais uma semana de trabalho passada, que por sinal tem sido esgotante, quer a nível fico, quer ao nível psicológico, e a nível de sentimentos.
Tem sido difícil aturar certas personagens que teimam em tropeçar no meu caminho, levando-me por vezes à loucura, deixando a serenidade de lado e partindo para o mesmo nível dessas personagens, tento ser eu, por vezes engulo muitos dizeres a seco, é difícil de ouvir certas palavras que nos vêm ao ouvido e que nos magoam, normalmente, remeto-me à minha humilde insignificância e deixo o rio correr, tem dias que o rio transborda e esta semana transbordou mesmo, elevei-me ao nível dessas pobres personagens, não deixei que me intimidassem, parti para o mesmo tom de voz que utilizavam pra me agredir, resisti aos vários comentário infelizes que me eram dirigidos, senti que alguém tava ali, do meu lado, a tocar em meu ombro, a dar-me força.
Hoje finalmente, as personagens estão mais calmas.
Resolvi então dedicar-me um pouco mais ao meu Ser. Coloquei um CD pra meditar e orar um pouco e pensar na vida. Enquanto me retiro deste mundo pra poder estar a sós com Ele, sou brutamente interrompido pelo telemóvel. (toca sempre nas horas menos próprias) São finalmente os amigos, sinto-me aliviado e feliz, parece que o meu Desabafo, foi escutado, chovem no telemóvel montes de toques e mensagens, vindos da Suiça, França e de Galafura City, são aqueles que eu julgava terem-se esquecidos de mim e que eu sentia ausente, é tão bom ter notícias deles. Dizem que estão bem perto, e que não se esqueceram de mim. Estou feliz.
O telemóvel abrandou, o CD continua a rolar, tava na hora de continuar a minha conversa com o Pai, falei com Ele agradeci por este momento, toques e mensagens para alguns não passam disso, mas para mim foi importante, o Pai e os amigos estavam ali, bem juntinho a mim, bem no meu coração, reconfortando-me.
O CD lá continuava a tocar, tocava assim uma das minhas músicas favoritas deste álbum, intitulado de “ Presença”, a música essa, tem o nome de “ Obrigado, Senhor”.
E foi um momento de agradecimento ao Pai, pela semana em que precisei muito das suas forças, agradecimento, por estar sempre comigo.
Obrigado

sexta-feira, outubro 13, 2006

Desabafo

Durante a minha caminhada, tenho tentado viver e sobreviver aos vários ataques e desafios que me são imposto no percurso que tenho a percorrer.
Tenho sofrido muito no silêncio, mas no silêncio do meu sofrimento, sempre encontro luz, luz essa que me faz continuar a lutar pelos meus ideais.
Muitas vezes tento disfarçar a minha agonia, a minha dor por detrás de um sorriso. Será que não vêm que também sofro?
Será que por detrás do sorriso que manifesto, não notam que me dói a alma?
Muitas das vezes sou eu que me dou mais ao próximo que eles a mim. Penso se valerá mesmo a pena dedicar-me tanto assim. Mas a verdade é que me dedico assim de corpo e alma, amo sem ser amado.
Também preciso e necessito que olhem por mim, também preciso do ombro amigo pra desabafar, chorar, falar da minha vida, mas nem sempre encontro, apesar de eles estarem ao pé.
Será da distância que nos separa, que não se preocupam tanto comigo?
Será que não notam, que mesmo estando distante, continuo a precisar deles?
Hei, vós aí! Que vos dizeis meus amigos, que dizeis estar presente ao meu lado nos bons e maus momentos, olhem pra mim, orem por mim, chorem também as minhas lágrimas que tantas vezes me sufocam, hei vós aí, amigos meus, dêem-me a vossa mão e vosso ombro.
Também preciso do vosso sorriso, pra me alegrar a alma, da mesma forma que vos aconselho, também preciso de ouvir o que me tendes a dizer. Se parti para longe foi porque assim o permitistes e dissestes que nada mudaria entre nós, dissestes que continuaríamos a ser os amigos que fomos até então.
E somos?
Quero acreditar que sim, quer continuar a crer que nada mudou, embora ao longo deste tempo passado na vossa ausência muita coisa mudou, muitos foram os que se distanciaram mais do que a minha própria distância, nomeadamente aqueles que julgava serem meus amigos “bons amigos” fizeram questão de me desiludir muito e magoar de tal forma que ainda hoje residem em mim as marcas deixadas por essa desilusão. Amigos que deixaram de ser os melhores, com quem vivi momentos únicos, com que soltei mil e umas gargalhadas, com quem chorei nos momentos mais tristes, com que partilhei o meu ser, passaram a ser meros conhecidos. Sinto-me infeliz por isso, minha alma e meu peito doem.
A vida não é sempre um mar de rosas, e os espinhos ferem e fazem sangrar. Por vezes não são meros espinhos quem me fazem sangrar, mas sim, certas atitudes e certas acções, essas ferem mais que os próprios espinhos. Quando nos atiramos, a uma rosa sabemos bem que nos podemos magoar nos espinhos, mas na vida, quando nos dedicamos demasiado a algo ou alguém nem sempre sabemos se é ou não uma rosa com espinhos, e quando nos damos contas, o nosso coração sangra, de tristeza de mágoa de desespero.

13 de Outubro

"Ó Mãe,
o mundo vive a guerra
Ó mãe,
nesta noite de breu
Tu és a esperança do céu
Ó Mãe,
liberta o homem, por quem
teu Filho morreu
Ó mãe,
há rostos que choram
que gritam, cantam e rezam.
Ó Mãe
já vejo o sol, a esperança,
a paz e o amor
eu sei que virás
para dar ao homem a paz."

terça-feira, outubro 10, 2006

"Molhado, mas Feliz"

O Pai hoje resolveu presentear-me com um dia especialmente molhado. Já eram horas de recebermos esta dádiva, não, não desprezo uns bons dias de calor e de sol, mas anseio muito mais por uns bons dias de chuva. Estes dias lavam-me a alma, levam pra longe, muito longe, avanço e recuo no tempo, dá-me aquele toque de nostalgia, saudade e esperança. Enquanto permanecia, no meu posto de serviço, ia deitando os olhos para lá da vidraça, a chuva teimava em cair, entre uma nuvem e outra a Tua luz surge, dando um toque especial a este dia, relembrando-me uma das frases que hoje me fazem caminhar mais além do que eu poderia imaginar (Por detrás das nuvens, está sempre o sol), hoje sei que quando julgo estar sozinho Tu estás sempre presente mesmo que eu não Te consiga ver. A dadas horas tive de abandonar o meu posto por breves momentos, saí para o exterior, para lá da vidraça, a minha função era reabastecer as arcas frigorificas, já meias vazias, que os fracos e humilhados fizeram questão de ingerir. No exterior não hesitei...Quis sentir-Te! Deixei assim tocar-me por Ti, abençoaste-me através das gotas de chuva que iam caindo sobre mim, senti que me mimavas e me acariciavas o rosto, senti-Te bem próximo, à tanto tempo que não Te sentia assim, como Te senti hoje, senti-me como se tivesse a receber o Santo Sacramento do Baptismo novamente, mas desta vez de forma diferente, não, não estava no Jordão, embora o parque o fizesse parecer, nem me senti como Jesus ao receber de João as águas do Baptismo, apenas estava ali pra falar contigo, pra Te sentir, pra me tocares, pra me amares e eu Te amar. E falamos naquele pequeno momento, falamos em silêncio. Obrigado por este dia.
" COM ESTE SINAL VENCERÁS "

quinta-feira, outubro 05, 2006

Caminhada

Caminho a passos largos, nesta vida que me deste.
Como peregrino, vou caminhando ao teu encontro, o asfalto que piso, queima-me, parece que caminho sobre espinhos, que, se entranham nos meus pés impedindo-me de alcançar o objectivo a que me propus, os meus pés sangram, deixando para trás um rasto de sofrimento e de uma dura caminhada, as dores são muitas e os meus passos já não são tão largos como no início da caminhada, a minha meta parece estar cada vez mais longe, começo a ficar sem forças e desgasto, olho o mundo a minha volta, parece que estás ausente, já não te vejo caminhar à minha frente, mas em cada lágrima que solto, vejo o teu amor presente, sei que ainda Te consigo alcançar, sei que estás sempre comigo a iluminar todo o meu ser e esta minha caminhada.
Levo comigo o cântico de que, És o bom pastor, conduzes-me ás águas calmas e refrescantes, restauras as minha forças e reconfortas a minha alma, contigo a meu lado nada temerei, este asfalto torna-se mais fácil de percorrer e a minha meta cada vez está mais perto.
A minha meta e objectivo és Tu dá-me forças, alivia as minhas dores para que continue a caminhar em Tua direcção.

Venho a Ti,Ó Pai

Venho a ti, ó Pai
Como a brisa na tarde de azul
É o teu rosto, que me atrai
É tua paz que me seduz.

Sou a sombra
Tu és a luz
Tu és tudo
Eu, não sou nada
Tu és dia
Eu sou a noite
És em mim, a madrugada

Ó Senhor minha alegria
Trago em mim, uma grande festa
Vou dançar, vou despertar o amor, e acordar em ti Senhor

(cântico/ Coro Juvenil, S. Vicente de Galafura)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Escola secundária do Rodo, a minha paixão e minha saudade

E. S. Rodo… Minha Saudade
A vontade, de escrever para o Rodopio, surgiu enquanto folheava um dos poucos exemplares deste jornal que tenho guardado, guardados como quem guarda uma relíquia. Entre uma página e outra, várias imagens iam surgindo em flash na minha cabeça, misturando os meus pensamentos com sentimentos, trazendo até mim memórias inesquecíveis, memórias de um tempo que não volta mais, são memórias, lembranças, recordações, momentos únicos vividos que por vezes nos tocam profundamente, que nos trocam os sentimentos, que nos fazem rir e chorar e que nos trazem tanta saudade. Já vão longe os meus dias de estudante, tempos que se tornaram nos melhores anos da minha vida, vai longe o tempo em que me levantava de manhã cedo para mais um dia de vida, para mais um dia de escola, para mais uma ida até ao Rodo. Da E. S. Rodo guardo as melhores recordações possíveis, os melhores momentos, e os melhores amigos. Pois foi nesta escola que passei sete maravilhosos anos, onde convivi com pessoas excelentes, onde conheci aqueles que se iriam tornar nos meus melhores amigos, com quem, passei momentos únicos, pessoas que entraram na milha vida e ainda hoje nela permanecem, pessoas que me fizeram e fazem feliz. Foi nesta escola que me tornei na pessoa que sou hoje, não uma pessoa formada com um curso superior, mas uma pessoa com e que sabe dar valor, uma pessoa com responsabilidades, com atitudes, onde me tornei forte e sensível, onde junto com os meus amigos descobrimos o verdadeiro sentido da palavra União, o verdadeiro sentido da palavra Amizade, Amor e Saudade. Tenho saudades tuas Rodo. Saudade do tempo que vagueava acompanhado dos amigos os corredores desta escola sem nada para fazer como forma de matar o tempo, saudades das aulas chatas, que se tornavam como alvo a abater, mas que se tornaram de grande utilidade, saudade das aulas mais sérias e severas, que eram como etapas a ultrapassar, saudades das aulas onde por vezes reinava a euforia e serviam para aliviar o stress causado por outras. Sinto saudades de professores, funcionários uns mais compreensivos que outros, uns que nos ouviam e outros que enfim… Sinto saudades de um pouco de tudo nesta escola que agra é vossa, mas que um dia foi minha, esta escola que vos faz hoje felizes e que um dia também me fez, esta escola de quem hoje tenho saudade, e que vós tereis. E é relembrando estes pequenos momentos, para uns sem significado algum, mas para outros tão fortes e importantes, que as saudades apertam ainda mais e as lágrimas teimam em cair, mostrando o nosso lado mais emotivo e sensível, trazendo-nos de volta para a vida real, e relembrando-nos que é impossível voltar atrás no tempo. E a única solução que nos resta, é continuarmos em frente, mantendo vivas estas memória. Até sempre Rodo…
Ex-aluno: José Ribeiro
Obrigado Senhor pelos momentos que me proporcionas-te naquela escola. Obrigado por teres estado presente entre aquele pessoal auxiliar, que muitas das vezes fizeram um esforço enorme pra nos aturar. Obrigado, pelas pessoas que colocas-te no meu caminho enquanto estudante. Obrigado
( publicado no jornal Rodopio da E.S.R)

domingo, outubro 01, 2006

"Se Jesus me batesse à porta"

Este foi uns dos desafios que mais me levou a meditar, e me levou a mais umas quantas questões sem resposta.
E hoje, em reflexão pergunto-me:
Será que Jesus já não me bateu à porta? Há por aí tanta gente que nos vem bater à porta, quantas, mas quantas vezes, essas pessoas são escorraçadas de nossa porta, será que não é Jesus, será que é o próprio Jesus que estamos a escorraçar?
Se calhar Ele já me bateu à porta, e eu o escorracei, sem me ter apercebido de quem se tratava. Se Ele me batesse à porta?! Humildemente, não sei qual seria a minha reacção.
Tratava-o como um desconhecido? Talvez sim. Mandava-o de novo embora? Mais uma vez seria a minha reacção.
Mas se soubesse de quem se tratava, abriria as portas de minha casa, pra Ele entrar, abriria o meu coração para Ele, purificar e alimentar esperança e de luz, pediria perdão, pelas vezes que o escorracei e pelas minhas dúvidas, pediria para ficar comigo.