Desafio :)

O meu grande amigo Nahar (http://www.jogodepalavra.blogspot.com/) lançou-me um desafio, cá vou eu entao aventurar-me a completar estas frases :)
Eu quero: Ser feliz, quero paz, alegria e amor
Eu tenho: A Ti
Eu acho: Que muito há a fazer pra conseguirmos um mundo melhor sem guerra sem ódio, temos que ser nós a contruir e contribuir para um munda de paz
Eu odeio: gente falsa,a ignorância, o racismo, a descriminação ah e bacalhau lol
Eu sinto: que sou feliz, que amo e sou amado
Eu escuto: o que os outros têm a dizer ou pelo menos tento
Eu cheiro: o cheiro da terra molhada, nevoa fresca do rio douro
Eu imploro: amor
Eu procuro: ser paciente,entendedor, compreensivo, embora por vezes não o consiga ser
Eu arrependo-me: dos actos não pensados e que em determinadas alturas possam magoar os mais próximos
Eu amo: a vida, a familia, os amigos e a Ti
Eu sinto dor: com a mentira, egoísmo, traição
Eu sinto a falta: da familia e dos amigos que estão longe
Eu importo-me: com o próximo
Eu sempre: tento ser bem disposto e divertido
Eu não fico: de braços cruzados
Eu acredito: Em Deus, na amizade, no amor
Eu danço: quando tenho um par que me guie e quando á música :)
Eu canto: sempre, mesmo nas horas más alivia-me e acalma-me
Eu choro: quando a dor é grande
Eu falho: muitas vezes
Eu luto: pelos meus objectivos
Eu escrevo: quando tenho tempo
Eu ganho: todos os dias que vivo por vivo mais um dia isso é ganhar
Eu perco: quando me sinto fraco, quando não sei compreender
Eu confundo-me: com a hipocrisia
Eu estou: sempre a Teu lado para onde olhas para onde vais é aí que eu estou
Eu fico feliz: sempre que estás feliz
Eu tenho esperança: na esperança
Eu preciso: Ti sempre a meu lado
Eu deveria: Ter-te encontrado á mais tempo
Eu sou: zezezinho
E eu assim também lanço o desafio a todos os que visitam este espaço

" 13 De Maio "

Sei que já passaram alguns dias após o dia 13 de Maio, mas não podeia deixar de partilhar o grande momento que vivi lá na "montanha" como o meu grande amigo costuma dizer :) Ainda o sol teimava em nascer e já eu me metia no carro pra me pôr ao caminho para a montanha, foi preciso sair cedo, pois adivinhava que a confusão iria ser grande e os lugares para estacionar estariam um pouco limitados perto da zona envolvente ao santuário.Pela estrada pensava em como seria o que iria ser pra mim estar lá perto dela, sentir o que milhares de peregrinos sentem. Cheguei cedo, o carro não ficou perto como eu esperava, uma pequena distância me separava do santuário, onde ao longe já se ouviam cânticos de louvor á Senhora Mais Brilhante que o Sol. A cada passo que dava ao aproximar-me cada vez mais do santuário um nervoso miudinho tomava conta de mim, a poucos metros do santurário lembrava com alegria o que aquele local significa pra mim e o que veio a mudar na minha vida, encontrei lá meses antes a felicidade que faltava para que me enche o meu ser de felicidade plena. Enquanto estes pensamentos me envolviam ia entrando no milhares e milhares de pessoas circulavam pelo santuário uma imagem fantástica e que ficou bem gravada. O amigo de sempre, aquele que me ouve, que cuida de mim que me fala lá que se mantem sempre presente em mim, estava também presente. Nas minhas orações levava todos presentes no meu coração, sou como todos os peregrinos que ali vão, pedir, agradecer e orar. Rezei o Terço, assisti á celebração da santa missa onde milhares de peregrinos fixavam o seu olhar naquela imagem da Senhora Vestida de branco, que parecia flutuar por entre os milhares de pessoas á medida que avançava para o altar. Eis que depois chega o momento mais marcante de toda a cerimónia, a procissão do Adeus, quem não resiste, quem não se emociona? Um arrepio leve percorre-me a espinha ao ouvir-se os primeiros acordes do Cântico final, e ali deixei a minha prece, ali deixei o meu grito, a minha esperança e o meu agradecimento.

Peregrino

Peregrino, a onde vais?
Que buscas tu,
Que fonte procuras, para matar essa tua sede insaciável?
Que sede é essa a tua que te move, que te faz caminhar ao longo da estrada deserta?
Nada te assombra nesse teu caminhar?
Nada te perturba, nem mesmo o cansaço e o desgaste de tantos dias a caminhar?
Os teus pés por vezes sangram, deixam um rasto de dor, de sofrimento mas não desistes?
As tuas pernas depois de tantos dias diminuem o ritmo da tua caminhada.
Até onde te sentes capaz?
Até onde as tuas forças te poderão levar?
Que sente o teu coração, o que te faz mover assim Peregrino?
É a tua Fé que te move Peregrino, que te faz caminhar mais e mais, dia após dia, desde o raiar do sol até que ele se esconda e deixa que a noite te envolva para umas breves horas de descanso.
Um novo dia amanhece e não poucas tempo, deitas-te de novo ao caminho, busca a tua fonte, buscas o teu refúgio, vais ao encontro daquela luz que te guiou dia a fio.
Sobes á montanha, as tuas dores parecem ter desaparecido, as tuas forças se renovam, o teu espírito ganha uma nova vida, sente-se iluminado pela luz divina.
Sentes que és aconhido nos braços Daquela a quem procuras-te abrigo, refúgio, esperança e alegria.
Chegas-te Peregrino o teu objectivo está cumprido, a tua fé renovada, fazes o teu pedido, oras e agradeces.

" Para Ti Mãe "

Maria...

O sol já se punha para lá do Marão, no ar sentia-se o doce perfume das flores que coloriam a terra, uma brisa suave de fim de dia levantava-se pelas encostas do rio Douro, a terra começava a produzir os seus frutos depis de um inverno rigoroso. Tudo parecia voltar de novo à vida, tudo renascia com nova força e de forma sempre nova, bela e diferente.

O sino tocava, anunciava o início do mês de Maria. O sino tocava, chamava e congregava a aldeia na Igreja para a oração do terço. A Igreja estava cheia. Todos de olhos postos naquela imagem branca, de uma "Senhora mais branca que o Sol". As mãos calejadas e trabalhadas pelo trabalho árduo de quem trabalha dia após dia no campo, nas vinhas, desfiavam o terço contando a sua vida, rezando com a sua vida, oferecendo a sua vida a Maria para a entregar a seu Filho Jesus.

Era a altura das primeiras cerejas, como toda a gente estava na Igreja, os mais novos aventuravam-se e subiam às cerejeiras para se deliciarem. Dessas vezes eram outras as nossas contas, que não as do terço.

No final ficávamos no largo da Igreja a cantar e a criar laços de amizade uns com os outros. Laços que ainda hoje perduram. São momentos que ficam no tempo e na nossa vida. Momentos que o tempo nos faz recordar em cada ciclo. Leva-nos a viver de novo, ainda que na memória, aquilo que já fomos e fizemos.

Nas semanas que antecediam o primeiro Domingo de Maio, fazíamos grupos que íam de porta em porta para angariar algum dinheiro, para que no dia da mãe pudessemos fazer uma festa em honra de todas as mães de Galafura. As crianças da catequese é que rezavam o terço nesse dia.