Galafura

Este blog não consiste só em falar da Freguesia de Galafura, mas não podia deixar de referênciar a freguesia que amo muito e de onde sou natural. O nome do blog " Galafura" é por isso mesmo, pela naturalidade, pelos amigos, pelos sentimentos que me vão na alma, editarei aqui os meus pensamentos e sentimentos que nutro pela minha terra, pela minha família, pelos meus amigos, e pelo meu estado de espírito do meu dia-a-dia

segunda-feira, novembro 06, 2006

Um fim-de-semana inesquecível…

Este fim-de-semana regressei ás minhas origens, a semana custou a passar, as horas pareciam dias e os dias séculos, finalmente eis que o momento da partida chegou, a ansiedade era muita, deitei-me à estrada em alegria total, ninguém ousou parar-me, tenha um objectivo e a viagem parecia não ter fim. Ao passar terras do Marão já me sentia em casa, uma neblina espessa, deu um toque especial à viagem, senti aquele cheiro a Norte como tenho por hábito dizer. Do outro lado da serra repousava a minha aldeia, linda como sempre, as cores do Outono dão-lhe um brilho especial. Como não estávamos muito fora de horas e porque os compromissos que me esperavam podiam esperar, decidimos parar em Terras de Aléu (Vila Real), fiquei espantado, 18horas e o centro da cidade está praticamente parado, poucos eram os que vagueavam pela rua direita, mas a cidade continua linda, uma breve passagem por uns quantos monumentos da cidade e regressamos à viagem que já não era tão longa, tínhamos pouco mais de 20km pra o final da etapa. Finalmente, Galafura à vista, na Terra De Galafre e de D. Mirra esperavam-me os amigos de sempre, como foi bom abraçá-los de novo e matar as saudades que me dilatavam o peito, o pouco tempo que permaneci entre o meu povo e a minha gente, tornou-se em momentos mágicos. O desejo de chegar a casa era muito, o jantar chamava por nós, a barriguita já começava a dar horas, mas antes do jantar me aconchegar o estômago fomos aos ensaios do Coro Juvenil, pois se há coisas que eu gosto de fazer é cantar e rezar ao Pai através do canto, e não dispenso isso por nada. O ensaio correu bem, e fiquei feliz, o meu amigo cantou connosco;) Final do ensaio umas quantas paragens pelo caminho pra os cumprimentos habituais a H e O e casa. Tão bom estar de volta ao mundo a que um dia pertenci, ver meu Pai, minha Mãe e Irmão e jantar em família. Foi tão bom. Mas como é habito, lá fomos até ao café pra colocar a conversa em dia e matar saudades. O melhor veio depois, o que não podia faltar a famosa visita nocturna ao Monte de S. Leonardo. Descrever em palavras é quase impossível, todo aquele ambiente que nos envolvia era mágico, desde o sopro do vento por entre as árvores, as gotas de chuva que caíam por vezes, aqueles cheiros, o rio bem lá no fundo a resplandecer com o brilho da lua que teimava em esconder-se por detrás das nuvens até os nossos próprios passos na terra húmida… é impossível uma descrição pormenorizada, é de facto a explosão dos sentidos, é um misturar de pensamentos, de sentimentos, é nostalgia, é saudade, é alegria e tristeza tudo passa por nós, mas sentimo-nos livres. Foi uma noite e tanto, conversas que não tinham fim, tudo foi tar ali, poder partilhar um pouco do meu ser com os amigos, as horas iam passando sem que nós déssemos conta. Não tardou em chegar o amanhecer e ainda nem sequer tínhamos posto o corpo em repouso. E aproximava-se mais um dia de grandes emoções, mas não havia cansaço. E lá chegou o domingo. Ui sabia bem um pouco mais de cama, mas tivemos de ir à missa, tínhamos de cantar no coro. E assim foi, depois da missa um pouco mais de conversa, mais umas quantas apresentações, e o almoço novamente em família, como foi bom saborear o comer da minha mãe, ver aquela mesa cheia de pessoas. Tava em casa com os meus com os que amo. Foi um dia longo, ainda tive tempo de dar um passito de dança lá no bailarico, ir comemorar o aniversário de uma amiga e mais uma visita a S. Leonardo para a despedida Chegamos ás despedidas porque o tempo não permitia mais, tive de regressar à base, não faltaram aquelas lágrimas que me tocaram profundamente e que ficaram pra sempre marcadas no meu peito, dos meus olhos nem uma embora no meu interior elas caíssem, mas fui forte, dei aquele sorriso como quem diz “ tou aqui, vou voltar “.

1 Comments:

  • At 1:33 da tarde, Blogger Andante said…

    O encontro com o Pai e com os que te são queridos.
    Tudo bom para ti.

    Um beijo peregrino

     

Enviar um comentário

<< Home