Galafura

Este blog não consiste só em falar da Freguesia de Galafura, mas não podia deixar de referênciar a freguesia que amo muito e de onde sou natural. O nome do blog " Galafura" é por isso mesmo, pela naturalidade, pelos amigos, pelos sentimentos que me vão na alma, editarei aqui os meus pensamentos e sentimentos que nutro pela minha terra, pela minha família, pelos meus amigos, e pelo meu estado de espírito do meu dia-a-dia

domingo, setembro 17, 2006

Tempo De Colheita... Amigo Vinhateiro

“De manhãzinha, mal desponta o sol, caminhando com seu ar ligeiro Para os campos que dele precisam, dirige-se o vinhateiro. Não desanima no seu caminhar, nem o cansam a sede e o calor, Há uma vinha que quer cultivar, uma vinha que é todo o seu amor.

Protege a vinha com forte valado, cercando-a em todo o redor, Tira de dentro as pedras do mal e escolhe a terra melhor. Planta as cepas com todo o cuidado e rega-as o dia inteiro, Diz-me se pode ainda mais pela sua vinha o vinhateiro.

De manhãzinha mal desponta o sol, caminhando com seu ar ligeiro, Para os campos que dele precisam dirige-se o vinhateiro. E só uns cachos de amargo sabor recolheu em cada canteiro Diz-me se não poderá esperar mais da sua vinha o vinhateiro

Deus é teu amigo, o vinhateiro, que cultiva de sol a sol. Deus é teu amigo, o vinhateiro, que te reclama o teu ser inteiro”


É tempo de colheita na mais antiga região do mundo. Os meus lá andam na labuta que é a vindima, dias e dias sem descanso, desde o amanhecer até ao pôr-do-sol, nesta altura não há domingos nem dias santos, não se pode parar, o fruto que estas gentes colhem é o trabalho de uma longa jornada, uma jornada nem sempre fácil, uma jornada de trabalho árduo e pesado, ora de inverno, debaixo das geladas chuvas e geadas, ora de verão debaixo de um sol por vezes escaldante, tratam da vinha como se um filho se trata-se, pois nelas está o seu sustento, o pão do dia a dia. Este é o retrato mais puro e genuíno desta região, os sentidos afinam-se: tacto, audição, sabor, cheiro e visão. Como é bom andar por lá nesta altura, ouvir as músicas e as histórias de tempos que já lá vão que os mais velhos vão entoando por aquelas vinham infinitas, sentir os cheiros que andam pelo ar, ver toda aquela azafama, saborear aqueles fartos e saborosos almoços que só aquelas gentes sabem fazer, poder tocar na videira cortar um cacho de uvas e sem grandes medidas come-lo, saboreá-lo… Palavras para quê…?! É o Douro…

1 Comments:

  • At 7:56 da tarde, Blogger nahar said…

    adoro a musica q ai escreveste e obrigado por este momento em que nos mostraste um pouco do DOuro...

     

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